Segue a matéria da Bloomberg, com grifos meus e em péssima tradução minha.
By Paulo Winterstein
26 de outubro (Bloomberg) - As ações brasileiras não estão caras, mesmo depois do índice Bovespa subir 73% neste ano e cortar posições pode ser "perigoso" para os investidores, disse a Goldman Sachs Group Inc.
Avaliações prévias sugerem que é arriscado ser 'underweight' em Brasil", Stephen Graham, um analista de São Paulo escreveu em uma nota aos clientes. "O risco soberano brasileiro e as taxas de juros estão em ou perto dos recordes mínimos, enquanto as perspectivas de crescimento econômico sustentável são possivelmente melhores do que em qualquer período nas últimas décadas."
A Bovespa pode chegar aos 85.000 pontos até meados do próximo ano, ele escreveu. Isso representa um ganho de 31% desde o encerramento em 23 de outubro. O índice de negócios está em 16,5 vezes os lucros estimados, em comparação com 17,16 vezes para o MSCI Latin America Index, de acordo com dados da Bloomberg.
O lucro por ação provavelmente vai crescer 46% no próximo ano e 23% em 2011, o que significa que as avaliações futuras permanecerão estáveis, mesmo que o índice suba para 85.000, escreveu Graham.
O índice oscilou pouco hoje, subindo menos do que 0,1% para 65,085.55 em São Paulo.
A Bovespa está pronta para seu maior ganho anual em seis anos enquanto a economia se recupera da primeira recessão desde 2003, amparada pelo recorde de juros baixos e pelo aumento da demanda doméstica. Os economistas prevêem que o PIB do Brasil aumentará 4,8% no próximo ano, após crescer 0,18% em 2009, segundo a previsão média em outubro num levantamento do Banco Central em cerca de 100 analistas publicado hoje.
'Baby Boom'
Um "baby boom" na década de 1980 significa que consumidores na faixa dos 20 anos estão entrando agora no mercado com o "volumes de crédito nunca antes disponíveis", aumentando a demanda no mercado interno do Brasil, escreveu ele.
O crescimento da população poderá elevar o Brasil a terceiro mercado mundial de computadores e telefones ano que vem, escreveu Graham. A estabilidade financeira do país levou a 77% de crescimento em contas bancárias em sete anos e a um crescimento de 18% no número de cartões de crédito desde 2001, escreveu o estrategista.
Os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 provavelmente vão acelerar o financiamento para projetos necessários de infra-estrutura, escreveu Graham. O Brasil está assistindo "alguns dos maiores projetos de transmissão de energia, gasodutos, hidrelétricas, e de telecomunicações em curso no mundo", enquanto a atenção global dos eventos desportivos coloca o governo sob pressão para acelerar o ritmo da construção, ele escreveu.
Maior economia da América Latina, tem também uma vantagem sobre as outras nações produtoras de commodities porque vende a China, que cresce rápido, em vez de depender das vendas para mercados de crescimento mais lento na Europa e os EUA, escreveu Graham.
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