Copiado do Blog do Nassif.
Acho que, por incrível que pareça, raras vezes nossa imprensa produziu tamanho absurdo. Lógica, causa e efeito são alguns dos conceitos básicos subvertidos por essa peça publicitária. Sim, porque jornalismo isso não é.
Mais uma obra-prima da era Ali Kamel-Rodolfo Fernandes em O Globo (Meu Deus!, um jornal que há dois anos caminhava para ter um padrão de qualidade internacional).
1. Regiões mais ricas têm mais emprego formal.
2. Regiões mais pobres, menos emprego formal.
3. A Bolsa Família se destina às famílias mais pobres. Onde existe menos emprego formal, existe mais Bolsa Família. Onde existe mais emprego formal, menos Bolsa Família.
4. Logo…. Esqueça o “logo”. A lógica Rodolfo-Kamel não é socrática.
Manchete de O Globo de hoje:
Em cidades onde o programa beneficia 71% das famílias, trabalho chega a 1,3% da população
Criado para reduzir a miséria, o Bolsa Família, maior programa social do governo federal, não gerou empregos no interior do país. Em 85 municípios onde o programa atinge em média 71% das famílias, o emprego com carteira assinada só alcança 1,3% da população. Em Presidente Vargas, no Maranhão, onde 80% das famílias são atendidas pelo programa, empregos formais são contados nos dedos de uma mão: 4, para 10,2 mil habitantes, relatam os enviados REGINA ALVAREZ e SÉRGIO MARQUES. Gestores reconhecem que o programa pode levar à acomodação e que é difícil fazer funcionar as chamadas portas de saída. E a baixa escolaridade, aliada à falta de capacitação, dificulta o crescimento profissional. Páginas 3 e 4 (clique aqui para ler esse Prêmio Pullitzer do jornalismo tupiniquim)
Donde se conclui:
1. 100% das matérias que O Globo escreve sobre O Bolsa Família tem conclusões manipuladas e viés ideológico furado, piorando ainda mais a baixa qualidade do jornal.
2. Logo, é a Bolsa Família quem emburrece O Globo.
PS – A matéria é honesta. A manipulação é da primeira página e dos títulos.
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