quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Brasília Confidencial: estudo da FGV mostra que, nos últimos dois anos, mais que dobrou a velocidade da expansão do serviço de coleta de esgoto.

Segue matéria do Brasília Confidencial.


26/11/2009

Os investimentos federais em saneamento básico multiplicaram, em 2007 e 2008, a velocidade de redução do déficit nacional do serviço de coleta de esgotos. Até 2006, o número de moradias sem acesso a esse serviço foi reduzido à taxa anual de 1,31%. Em 2007 e também em 2008, a taxa de redução do déficit superou a 4%. Em consequência disso, finalmente o serviço de coleta de esgotos passou a alcançar as moradias de mais da metade (50,9%) da população.

“Pela primeira vez na história do Brasil, temos mais da metade da população atendida pela rede”, assinalou o pesquisador Marcelo Neri ao divulgar os resultados de um estudo feito pelo Centro de Políticas Sociais, da Fundação Getúlio Vargas, para o Instituto Trata Brasil – uma Oscip que reivindica a universalização do saneamento no país e conta com apoio de 15 empresas, entidades e órgãos públicos.

Contudo, enquanto a rede de energia elétrica chega a 98,6% dos domicílios, a de água a 82% e a coleta de lixo a 79,09%, o serviço de coleta de esgoto continua indisponível para 49,1% dos brasileiros.

“É vital que os investimentos continuem de forma constante e em longo prazo, tanto em relação à implantação da rede quanto na qualidade do serviço prestado”, disse o presidente do Trata Brasil, Raul Pinho.

A pesquisa aponta Belo Horizonte (MG) como a capital de estado que tem a maior parcela da população (97,4%) com acesso ao serviço de coleta de esgoto. Na segunda posição está Salvador (BA), onde a rede chega às casas de 92,5% da população. São Paulo, que ocupava a vice-liderança em 2006, caiu para a terceira posição. Dez porcento da população paulistana não é atendida pelo serviço de coleta de esgoto. Em Curitiba (PR) são 12,83% dos moradores; no Rio, 14,18%; e, em Brasília, mais de 16%. Nas últimas posições do ranking das capitais estão Macapá (AP), onde 96,7% da população vive em moradias sem acesso à rede de esgotos, e Porto Velho (RO), onde 94,01% não são atendidos pelo serviço de coleta.

O estudo considerou os dados do último Censo Demográfico, da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), do Censo Escolar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008. E a íntegra está publicada no site http://www.tratabrasil.org.br/

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