Marinha terá nova base perto da Amazônia.
Segunda Esquadra será instalada na Baía de São Marcos, no Maranhão
A segunda esquadra da Marinha do Brasil vai ter como base às águas da Ponta da Espera, na Baía de São Marcos, em São Luís (MA). É um megaempreendimento que integra o planejamento da Estratégia Nacional de Defesa e que implicará a transferência para a região da capital maranhense de pelo menos 6 mil militares. No total, considerando os familiares, o Estado receberá em torno de 12 mil pessoas diretamente ligadas à base da nova esquadra.
Para a Marinha, a escolha é técnica e levou em conta a estrutura portuária, as condições de navegabilidade na Baía de São Marcos, a grande variação de marés e as características do litoral - reentrâncias e profundidade do canal marítimo. Todas esses parâmetros foram considerados favoráveis para operar embarcações 24 horas por dia, como exige o projeto da Força Naval.
A localização da nova esquadra também deixa a estrutura da Marinha mais próxima do apoio às demandas de outro projeto da Estratégia Nacional de Defesa, batizado de amazônia Segura - prevê instalação de 26 postos navais na região para aumentar a presença do Estado e a segurança territorial.
A primeira esquadra está fundeada no Rio de Janeiro. O planejamento da Marinha prevê que nada seja retirado de lá ou de outros pontos do País para reforçar a amazônia, mas que sejam criados e adquiridos novos meios navais para reaparelhar a Força. No projeto de reequipamento para criação da segunda esquadra está prevista a aquisição, no prazo de 30 anos, de um porta-aviões, um navio de múltiplas tarefas - que recebe helicópteros - e outros tipos de embarcações.
Está prevista também a compra de dois navios de apoio logístico, que transportarão água, combustível e peças de reposição, além de um barco para socorro de submarino, um rebocador de alto mar e um navio de transporte de apoio.
Trinta e seis novos helicópteros, 24 aviões de interceptação e ataque, quatro aviões de alarme aéreo antecipado, quatro aviões de transporte e reabastecimento em voo, e quatro aviões de vigilância marítima com radar equiparão o sistema que vai servir no Norte do País.
A Marinha quer ainda criar uma espécie de Sivam do Mar, um sistema que funcionaria como um grande centro de operações navais. Alguns dos braços do sistema já existem, mas terão de ser integrados e ampliados.
Para isso, será preciso comprar pelo menos radares de longo alcance, que serão instalados no litoral - terão como missão cobrir a Amazônia Azul e ajudar na proteção do pré-sal. Hoje, a Marinha não possui nenhum radar de longo alcance.
Pelo planejamento estratégico, esses radares de longo alcance serão instalados na Bacia de Campos, na Bacia de Santos, em um ponto extremo do Nordeste, chamado área do Cabo Calcanhar, próximo a Natal (RN), em Fernando de Noronha, na fronteira marítima norte e na fronteira marítima sul. Está prevista ainda a compra de 10 veículos aéreos não tripulados, os chamados VANTs.
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Comandante da Marinha vem a São Luís
O almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha do Brasil, está com visita a São Luís programada para a próxima semana, mais precisamente quinta e sexta-feira. De acordo com o capitão-de-mar-e-guerra Luiz Carlos de Melo, capitão dos Portos do Maranhão (CPMA), o comandante fará um reconhecimento do litoral de São Luís, conferirá as áreas propícias para a eventual instalação de uma base naval e depois terá um encontro com o setor empresarial do Maranhão, agendado para sexta-feira, no Hotel Brisamar, bairro Ponta d’Areia.
A visita do comandante Julio de Moura Neto foi anunciada em 22 de julho, pelo almirante-de-esquadra Luís Umberto de Mendonça, que esteve em São Luís com o propósito de estudar a Baía de São Marcos e levantar informações para o restante dos almirantes membros do alto-comando. Cabe ao grupo e ao comandante indicar ao Ministério da Defesa o local mais propício à instalação da Segunda Esquadra da Marinha, prevista na Estratégia Nacional de Defesa (END), divulgada no fim do ano passado pelo Governo Federal.
A força naval, segundo a END, vai se equiparar à Primeira Esquadra, localizada no Rio de Janeiro (RJ). O objetivo da nova base da Marinha é proteger o litoral Norte e Nordeste do país. No caso do Maranhão, dois pontos do litoral se destacaram na avaliação feita em julho: a Ilha do Medo e a região da Ponta da Espera.
“A Marinha tem, há muito tempo, áreas identificadas em que poderia instalar bases navais, e uma delas é a Baía de São Marcos, em São Luís. Com a aprovação da END, o poder político vai decidir qual é o futuro das Forças Armadas no Brasil, e já está decidido que deverá ter uma base no Norte/Nordeste. Acerca do Maranhão, no momento, as avaliações são preliminares. O posicionamento geográfico pode ser uma grande vantagem, pois uma força militar tem que operar durante as 24 horas do dia. Aqui (em São Luís), precisa ser feito um estudo técnico muito apurado, como a Vale tem desenvolvido, para que não possamos tomar uma decisão que, daqui a 25 anos, demonstre que a força não possa operar devidamente”, avaliou, na ocasião de sua visita, há dois meses, o almirante Luís Umberto de Mendonça.
Avaliação - O almirante Mendonça referiu-se à Vale, pois se reuniu com a direção da empresa no Terminal Marítimo Ponta da Madeira (TMPM), durante sua passagem por São Luís, para conhecer detalhes do sistema de gestão portuário. O almirante também visitou a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), responsável pelo Porto do Itaqui.
Cerca de três mil militares vão ser utilizados na operacionalização da base naval da Segunda Esquadra da Marinha. Considerando as famílias, a estimativa chega a 12 mil pessoas que se instalarão na cidade, o que vai significar necessidades de moradias, escolas, hospitais. Além disso, uma nova frota de navios militares será constituída. A própria esquadra, como força naval, necessitará de uma série empreendimentos de apoio, como infra-estrutura industrial, tecnológico, energia e mão-de-obra qualificada.
A informação sobre a eventual instalação de uma base naval em São Luís foi divulgada em 21 de junho, pelo diretor de comunicação da Marinha do Brasil, contra-almirante Domingos Sávio Almeida Nogueira, que esteve em São Luís para reunir-se com representantes da Sociedade Amigos da Marinha no Maranhão (Soamar).
A nova base naval se destinará a defender as plataformas petrolíferas, instalações navais e
portuárias, arquipélagos e ilhas oceânicas brasileiras; desenvolver a capacidade de monitorar com eficiência as águas jurisdicionais do país; e desenvolver a capacidade de responder prontamente a qualquer ameaça ou agressão estrangeira.
Números
3 Mil militares serão mobilizados para fazer funcionar a base naval da Segunda Esquadra da Marinha do Brasil 12 Mil pessoas, entre pessoal civil e militar, bem como os seus familiares, vão se instalar na cidade escolhida para a implantação da base naval.
Um comentário:
é uma merda eu queria um trabalho para a escola filipe camarão
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