Matéria de O Globo:
Valor Online
COPENHAGUE - A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o governador de São Paulo, José Serra, defenderam hoje em Copenhague, durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que o Brasil contribua com recursos para o fundo global que deverá ajudar os países mais pobres a enfrentar o aquecimento global.
A ideia original era que o fundo fosse mantido com dinheiro dos países desenvolvidos, que historicamente emitiram mais gases de efeito estufa, mas a inclusão dos países emergentes entre os financiadores entrou na mesa de discussão na COP-15.
"Acho que quem foi proativo chegando aqui com uma meta voluntária de redução de emissões, pode muito bem continuar com essa proatividades, colocando um esforço na cesta. O Brasil pode ajudar a desempatar esse jogo", disse Marina. Para a senadora e provável candidata à Presidência, o Brasil pode contribuir com pelo menos R$ 1 bilhão para o fundo.
Serra também considera a cifra possível e diz que a contribuição teria principalmente um valor simbólico, para pressionar os países ricos a colaborar. "Se o Brasil, que é um país em desenvolvimento, se dispõe a fazer, sem dúvida nenhuma isso vai ampliar a pressão política sobre os desenvolvidos", afirmou.
A chefe da delegação brasileira em Copenhague, ministra Dilma Roussef, não concorda com a obrigação de contribuição pelos países emergentes. Em entrevista coletiva ontem, Dilma argumentou que a obrigação de financiar ações de mitigação e adaptação do mundo em desenvolvimento é dos países ricos e por isso o Brasil não está disposto a aplicar dinheiro no fundo.
(Agência Brasil)
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