Texto do Projeto Nacional - @projetonacional
Por: Fernando Brito.
Os últimos anos foram da classe C, que se tornou a vedete do desenvolvimento econômico brasileiro e passou a concentrar 53% dos brasileiros e superar o consumo, somado, das classes A e B.
Dos arquivos do blog:
Agora, segundo levantamento feito pelo jornal Brasil Econômico e pelo Instituto Datapopular, é a vez da classe D tomar o lugar na ribalta.
São perto de 50 milhões de brasileiros, com renda – hoje – entre R$705 e R$1126 e que, até 2012, responderão por R$ 400 bilhões em compras de bens e serviços.
Na verdade, este número é a soma das classes D e E. Só que a E, pelas contas de Renato Meirelles, diretor do Datapopular, estará extinta.
Não, é claro, como desejaria uma parte de nossa elite, fisicamente. Extinta porque terá migrado toda para a classe D.
A pesquisa é ainda mais interessante porque revela outros números promissores.
“Há 800 mil novos universitários na classe D . Há muita gente entrando no mercado de trabalho com empregos formais. E a proporção destes indicadores cresce mais na classe D do que nas demais”, diz Meirelles.
Os analistas ouvidos na matéria são unânimes em apontar os integrantes da classe D como mais equilibrados no uso do crediário e no endividamento, o que prenuncia um impacto sadio no seu perfil de consumo.
Agora, perdoem os estudiosos formuladores de teorias econômicas complicadas, sabem o que vai catalisar esta subida de perfil.
O bom e velho salário-mínimo, que terá uma elevação de cerca de 14% a partir de janeiro.
Se nossa indústria e nosso comércio tiverem um pouquinho de senso de oportunidade, verão que ali vão se abrir grandes oportunidades de venda, se souberem se adequar a um consumidor que terá um ingresso extra entre 60 e 150 reais mensais.
O perfil do que pretendem fazer com este dinheiro extra está desenhado na pesquisa do Datapopular, reproduzido no gráfico.
Se os juros baixarem, se forem oferecidas condições de compra adequadas, se quiserem ganhar menos por unidade e mais por volume, a oportunidade está aí para voltar a girar com força a roda da economia.
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