Matéria da Bloomberg, com (péssima) tradução minha.
Por Nadja Brandt
Os hotéis provavelmente terão crescimento recorde da demanda este ano no Brasil, estimulando as cadeias internacionais à duplicar a sua participação no mercado do maior país da América do Sul em uma década, diz a Jones LaSalle Lange Hotels.
A receita por quarto disponível provavelmente saltará pelo menos 20% este ano no Brasil, de acordo com Ricardo Mader, vice-presidente executivo de uma empresa de consultoria de imóveis baseada em São Paulo. A RevPAR, uma medida de ocupação e preços, subiu um recorde de 17% em 2010, de acordo com uma pesquisa com cerca de 400 hotéis realizada pela Jones Lang LaSalle Hotels, integrante da Jones Lang LaSalle Inc. (JLL), de Chigaco
A demanda por quartos de hotel no Brasil tem sido alimentada pela classe média, que cresceu para mais de 50% população do país pela primeira vez, disse Mader. Ocupação e preços crescentes têm atraído maior interesse de investidores estrangeiros e de hoteleiros internacionais, que operam 3,8% dos hotéis do Brasil, disse ele.
"A maioria dos novos projetos que vemos são de cadeias internacionais", disse Mader em entrevista por telefone. Eles provavelmente duplicarão a sua participação no mercado do Brasil dentro de 10 anos, disse ele.
Os preços de quartos no Brasil, medidos em dólares americanos, subiram 27% no primeiro semestre, o maior aumento entre os países sul-americanos, de acordo com a STR Global, com sede em Londres. Isso comparado com um aumento de 3,4% na América do Norte. A STR foca em cadeias de hotéis, enquanto o relatório da Jones Lang LaSalle Hotels inclui muitos proprietários independentes, locais, disse Mader.
Aumento sem precedentes
A Jones Lang LaSalle Hotels tem assessorado fundos de private equity e investidores institucionais dos EUA, Europa e América Latina, bem como do Oriente Médio e da Ásia, em expansão no Brasil, disse Clay Dickinson, vice-presidente executivo da empresa. Tem havido "um aumento sem precedentes na quantidade de investidores internacionais avaliando oportunidades de desenvolvimento no Brasil este ano", disse ele.
A Host Hotels & Resorts Inc. (HST) comprou no ano passado um JW Marriott de 245 quartos no Rio de Janeiro, a cidade que sediará as Olimpíadas de 2016. A Bethesda, fundo de investimento imobiliário baseado em Maryland, pagou cerca de US$ 48 milhões pelo o hotel, localizado perto da praia de Copacabana.
O Morgans Hotel Group Co (MHGC), o operador de hotéis boutique em Nova Iorque, entre os quais, o Royalton e Mondrian, planeja acrescentar propriedades no exterior, inclusive no Brasil, disse seu CEO, Michael Gross, em maio.
50 Hotéis Marriot
A Marriott International Inc., maior cadeia hoteleira de capital aberto dos EUA, disse em novembro que planeja aumentar de 4 para 54 o seu número de hotéis no Brasil. A empresa Bethesda, baseada em Maryland, planeja desenvolver 50 hotéis “Fairfield by Marriott” em todo o Brasil, numa parceria com a PDG Realty S.A. Empreendimentos e Participações, baseada no Rio de Janeiro.
Um aumento nos investimentos internacionais no Brasil, particularmente no mercado hoteleiro de alto nível, dependerá da disponibilidade de financiamento, de acordo com Mader.
"Uma coisa que ainda é um grande problema é a falta de financiamento", disse ele. "O Brasil não é um mercado maduro e os bancos comerciais ainda não financiam hotéis. Quando o financiamento estiver mais disponível nós veremos muito mais hotéis de luxo internacionais. "
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