"Por exemplo, tão logo a porta se fechou às suas costas, a dama tomou Teleny em seus braços e deu-lhe um longo beijo. O abraço deles teria durado vários segundos mais, se Teleny não tivesse perdido o folego".
Notícias e opiniões, principalmente sobre política, governo e economia - do Brasil, é claro.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
um sete cinco
"É isso, Mineirinho, vamos espalhar boatos de onde os corpos estão. Um boato atrás do outro. A gente solta um, dá um tempo, tipo um mês ou dois, depois solta outro. Vamos matar esses caras de canseira. Aquele teu tio do churrasco em Ibiúna ainda trabalha de corretor? Mineirinho, peça para ele escolher lá na lista de sítios em oferta um que seja grande e tenha muro alto. De preferência vazio.Você pega a localização, e passa pra esses familiares, do jeito que você fez com o Juqueri. Só que agora é o morto, o cadáver. Você só dá a pista, não dá endereço completo. deixa eles mesmos pensarem que encontraram".
sábado, 17 de outubro de 2015
FMI repete Dilma: Lava Jato causou queda do PIB brasileiro. Cadê as manchetes?
Em 27 de julho, a Dilma afirmou que a Operação Lava Jato "(...) provocou uma queda de um ponto percentual no PIB brasileiro".
No dia seguinte, O Globo saiu com a capa aí de cima, com a manchete marota, dando a entender que a presidenta fica procurando novos culpados para a crise a cada momento. Entretanto, tudo que ela dissera é que parte da cada do PIB pode ser explicada como efeito das investigações.
O genial economista Rodrigo Constantino publicou um texto sobre o assunto. Compara Dilma a uma criança procurando culpados pelas suas próprias traquinagens, debocha da análise da presidenta, mas não apresenta nenhuma razão que demonstre equívoco da assertiva dela. Sei lá, vai ver que a economista dele estava de férias.
Dos arquivos do blog:
Pesquisadora da FGV: com aumento real de 76% na última década, salário mínimo foi o principal fator na redução da desigualdade.
Pesquisadora da FGV: com aumento real de 76% na última década, salário mínimo foi o principal fator na redução da desigualdade.
Mais de um mês depois, foi a vez do juiz Sérgio Moro reagir. O magistrado embaralhou as coisas e se saiu com a estapafúrdia comparação: "não é o policial que descobre o crime, o culpado pelo cadáver". Para que a comparação fizesse sentido, Dilma teria que ter culpado a Lava Jato pelas propinas ou pelo sobrepreço em obras. Ou a Lava Jato investiga a queda do PIB brasileiro?
De qualquer forma, acho que o juiz perdeu uma bela chance de ficar calado. Dilma não criticara a operação; ela apenas indicara um efeito colateral adverso da apuração.
Aliás, muitos remédios para doenças graves os tem, e apontá-los não significa crítica ao seu uso. Por outro lado, fingir que estes efeitos adversos não existem impede que se adeque a "posologia" e que se busque maneiras para mitigá-los.
Enfim, agora, passados quase três meses, o insuspeito (neste ponto!) diretor do FMI foi além da Dilma. Ele não disse, como a presidenta, que parte da queda do PIB brasileiro é efeito da Lava Jato. Ele afirmou que a contração da economia brasileira este ano decorre principalmente da "paralisia dos investimentos privados para esperar para ver onde vai dar a investigação dos escândalos", e não apenas de questões macroeconômicas.
Fico pensando: o que Moro pensa disso? Constantino vai pintar lá na sede do FMI e se oferecer para um debate econômico com o diretor do fundo?
Mas, sobretudo, tenho uma dúvida: esta informação não mereceria capa de O Globo? Os leitores do jornal não merecerem receber esta informação? Se o chefão do FMI tivesse dito o contrário, que a Dilma estava errada, a fala teria rendido manchete?
RIO - A queda prevista do PIB brasileiro de 3% este ano não é explicada apenas por questões macroeconômicas, mas principalmente por uma paralisia dos investimentos de empresas, diante da expectativa de saber como vão terminar as investigações em curso na força-tarefa da Operação Lava-Jato, afirmou nesta sexta-feira Otaviano Canuto, diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Estou entre aqueles que acham que a desaceleração do PIB este ano no Brasil não é explicável por questões macroeconômicas stricto sensu. Ela é principalmente explicada por uma paralisia dos investimentos privados para esperar para ver onde vai dar a investigação dos escândalos”, afirmou, durante assembleia do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal), no Rio de Janeiro. O FMI espera queda de 3% no PIB brasileiro em 2015.
(Continua)quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Como, em 10 anos, o Brasil reduziu o desmatamento na Amazônia em 90%.
Desde 2004, o Brasil tem trabalhado com sucesso para desacelerar o desmatamento na Amazônia, principalmente fazendo cumprir as leis, mas também com a inclusão de partes da floresta tropical em parques nacionais.
O desmatamento na floresta amazônica brasileira despencou na última década, enquanto o governo fez novos acordos com os agricultores e pecuaristas e fez cumprir leis contra quem desmata ilegalmente a terra.
Dos arquivos do blog:
Pesquisadora da FGV: com aumento real de 76% na última década, salário mínimo foi o principal fator na redução da desigualdade.
Pesquisadora da FGV: com aumento real de 76% na última década, salário mínimo foi o principal fator na redução da desigualdade.
A aplicação das leis existentes contribui foi a maior contribuição para a queda das taxas de desmatamento, disse, ao The Christian Science Monitor, Daniel Nepstad, diretor-executivo do Earth Innovation Institute, uma organização de pesquisa de métodos agrícolas sustentáveis. A "estratégia de comando e controle" penaliza quem derruba florestas ilegalmente.
"Isso foi possível por meio da aplicação na prática de regulamentações prévias e novas", contou o Dr. Javier Godar, um pesquisador do Stockholm Environment Institute. Ele diz que a aplicação da lei exigiu a melhoraria na forma como a floresta estava sendo monitorada.
Desde de 2004, o governo do Brasil protegeu a metade de sua área na Amazônia do desmatamento, incluindo-as em parques nacionais, de acordo com GoodNewsNetwork. A quantidade de terra floresta desmatada anualmente no Brasil caiu de 10.500 acres em 2005 para 1.850 acres em 2014.
O desmatamento atingiu o pico em 2003 e 2004, quando o Brasil derrubou 10.700 acres, mas, em 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a trabalhar em políticas governamentais para conter o desmate, o Los Angeles Times.
Os agricultores têm estado na raiz da mudança, diz o Dr. Nepstad. Alguns estavam removendo florestas para plantar soja, mas a "Moratória da Soja" e o "Acordo do Gado" tirou dos mercados legais os agricultores e pecuaristas que estavam derrubando mais floresta.
“A Recuperação da floresta é frágil, diz Nepstad. Manter a atual baixa taixa de desmatamento demandará esforços. Ele sugere que o sistema precisa de mais "cenouras" - incentivos positivos para os agricultores e pecuaristas que se abstêm de desmatamento.
Alguns produtores de soja brasileiros mudaram para a Bolívia e o Paraguai, mas os pesquisadores não sabem se eles mudaram por causa da repressão ao desmatamento no Brasil. Dr. Godar diz que, para alcançar este objetivo, a presença do governo na Amazônia aumentou, mas o combate ao desmatamento não precisa impedir os agricultores brasileiros de trabalhar sem derrubada da floresta.
"É importante dizer que há uma abundância de áreas abandonadas na Amazônia - especialmente pastagens semi-abandonadas de baixa produção”. Então, há espaço para aumentar a área de cultivo produtivo sem desmatar grandes áreas da Floresta Amazônica", ele disse ao The Christian Science Monitor.
A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, disse que o foco na aplicação das leis continuará, e o Brasil tem o objetivo de acabar com todo o desmatamento ilegal em 2030, reportou o Los Angeles Times. Para ajudar a atingir esse objetivo, a chanceler alemã Angela Merkel comprometeu-se a dar 618.000.000 ao Brasil, depois que ela visitou o país em agosto, com muito disto reservado para o trabalho na floresta tropical.
Assinar:
Postagens (Atom)