Santa Barbara Iansã de Jesus, de Adenor Gondim |
“(…) Na verdade, Adriano [i.e., Ariano Suassuna], como Hermindo, luta por gente nova, com ideias novas, que arranquem os alunos de um marasmo pernicioso. Vai embora, dizendo: Já conversamos como dois latinos. – Não é a primeira vez que ouço estas palavras aludindo à sua latinidade. Que me importa que seja ou não latino? (...) De outra vez já me disse que a cultura luso-brasileira se baseava em Camões que, como português, tinha uma cultura humanística. Admiro Adriano por sua obra como admiro King-Kong por seu corpo, mas que diferença há entre o desejo de espichar o cabelo e a preocupação de não parecer uma espécie de selvagem poeta afro-brasileiro? Me conhece tão mal?”
Tulio Carella, in Orgia.
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