quinta-feira, 30 de julho de 2015

S&P: das 15 maiores economias, cinco tem viés negativo, Alemanha e Canadá entre elas.



Então é isso: a Standard & Poor´s reviu a perspectiva do risco econômico para investidores no Brasil.

Mantivemos a nota e o tal "investiment grade", mas, segundo a empresa, a tendência não é boa. Nossa nota pode diminuir na próxima avaliação.

Mesmo que voce, como eu, veja estas avaliações com desconfiança, a notícia não é boa. Muita gente, gente com dinheiro, não compartilha nossa opinião e toma decisões de negócio e investimento olhando para estes "ratings".


Por outro lado, a notícia poderia ser pior. Tinha muita gente por aí prevendo, apostando (torcendo?), que perderíamos o grau de investimento. Ficamos a um passo disso, mas não perdemos. Menos mal. Talvez..

De qualquer forma, triunfantes (com a nossa suposta derrota como país), os insuspeitos analistas de sempre, aqueles mesmo que fingem não existir uma crise mundial, apregoam: "viu, a crise brasileira colocou nossa nota em viés negativo".

Beleza: ponto pra eles.

Mas... será?

Hoje de manhã, a mesma S&P publicou no twitter o gráfico acima, com o risco e a perspectiva de risco das 15 maiores economias mundiais.

E o que ele mostra? Entre outras coisas,

(1) que sim, a S&P nos vê com risco alto - mas empatado com a Espanha e, vejam voces, a China e melhores que a Rússia;
(2) que, dos 15, apenas 2 países tem perspectiva de risco positiva - Reino Unido e a sofrida Espanha (dos 25% de desempregados); e
(3) que mais 4 países tem perspetiva de aumento do risco - Rússia, Índia, Canadá (sim, o Canadá) e Alemanha (isso mesmo, a poderosa Alemanha).

Sei não, mas não me parece exatamente um quadro mundial de economia bombando. Ao contrario, na média, de orelhada, não seria mais sensato falar em uma situação de perspectiva de aumento de risco para a economia mundial? Ou, ao menos, trabalhar com essa hipótese nas análises?

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