Duas notas do Blog do Guilherme Barros e uma mesma impressão: os setores produtivos da economia concordam com o BC.
Mais sobre a redução da SELIC aqui, aqui, aqui e aqui.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual foi correta e técnica, segundo Paulo Godoy, presidente Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). “Existe um cenário bastante real e forte de prolongamento da crise, com crescimento fraco e dificuldades para equacionar as dívidas gigantescas das principais economias do mundo”, diz.
Para Godoy, o Banco Central acertou em agir rapidamente no sentido de reduzir os juros para tentar manter uma perspectiva razoável de crescimento da economia, já que “as consequências dos problemas econômicos nos países mais ricos chegarão ao Brasil com intensidade maior”.
O presidente da Abdib afirma que o BC conquistou independência na tomada de decisões nos últimos anos. “O nosso Banco Central estudou os indicadores e os cenários e agiu preventivamente para manter perspectivas de crescimento razoáveis para o Brasil. É isso. O resto é esquizofrenia.”
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Abimaq contesta ‘financistas’ que defendem manutenção da Selic
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, defendeu hoje a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 12% ao ano.
Segundo ele, as críticas de que a autoridade monetária cedeu a pressões do governo para cortar os juros partem de um “grupo de financistas”.
“Há uma reação visceral de financistas sobre isso”, afirmou. “Eles estão como bezerros quando desmamam e começam a berrar”, completou.
Aubert Neto disse que a Selic é “o maior câncer” que o Brasil tem atualmente.
“Nos oito anos do governo FHC e nos oito anos de Lula, quem comandou o Banco Central foram pessoas ligadas ao sistema financeiro. O Brasil é o único país do mundo que coloca a raposa para cuidar das ovelhas.”
O presidente da Abimaq disse que a decisão do Copom reforça a autonomia do Banco Central.
“Eles tiveram coragem para reduzir os juros.”
Aubert Neto ressaltou que o corte de 1 ponto percentual da Selic representa uma economia de R$ 16 bilhões com juros. “Nos últimos 16 anos, o Brasil pagou mais de R$ 2 trilhões em juros de dívida. É a maior transferência de renda da história do capitalismo.”
O presidente da Abimaq afirmou que, sem um aperto monetário, a crise internacional poderá trazer impactos à economia brasileira.
“A decisão do Copom foi uma sinalização de que nem tudo está perdido”, completou.
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