Matéria do Brasil Econômico.
Pode ser polêmica a estratégia do Governo Lula de apoiar a criação de grandes empresas nacionais e de multinacionais brasileiras. Alguns, como o Kanitz, a consideram fundamental para o crescimento do país.
Independente disso, as escolhas sempre podem ser criticadas. Taí o caso BROI, apenas para exemplificar.
O caso da Ambev, que envolve controle estrangeiro, pode ser mesmo em exemplo do caminho contrário. Mas essa notícia exemplifica uma das vantagens da estratégia do governo: a internacionalização a reboque dos fornecedores das novas grandes empresas.
Pode ser polêmica a estratégia do Governo Lula de apoiar a criação de grandes empresas nacionais e de multinacionais brasileiras. Alguns, como o Kanitz, a consideram fundamental para o crescimento do país.
Independente disso, as escolhas sempre podem ser criticadas. Taí o caso BROI, apenas para exemplificar.
O caso da Ambev, que envolve controle estrangeiro, pode ser mesmo em exemplo do caminho contrário. Mas essa notícia exemplifica uma das vantagens da estratégia do governo: a internacionalização a reboque dos fornecedores das novas grandes empresas.
Fabiana Parajara (fparajara@brasileconomico.com.br)
07/04/10 10:44
07/04/10 10:44
Desenvolvedora de software para departamentos jurídicos exporta para 32 países, em 17 idiomas.
Em 1994, quando foi criada, a Tedesco Tecnologia oferecia sistemas de software para gestão de escritório de advocacia. Basicamente, o programa da empresa ajuda a controlar o trâmite dos processos em andamento, facilitando a organização do trabalho.
Não demorou muito para que departamentos jurídicos de grandes corporações começassem a se interessar pelo produto.
Hoje, a carteira de clientes da Tedesco tem 300 nomes, entre eles AmBev, Camargo Corrêa, Souza Cruz, CSN, Walmart, Pernambucanas e, mais recentemente, a filial italiana da British American Tobacco (BAT Italia), dona das marcas Dunhill, Kent e Lucky Strike.
O tamanho das contas contrasta com o da própria Tedesco, que é de médio porte. A empresa não revela o faturamento, mas está investindo R$ 3,5 milhões para triplicar o escritório em São Paulo. Ela tem ainda unidades em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.
"As grandes corporações precisam de um sistema que ligue o departamento jurídico à contabilidade e ao gerenciamento de riscos", diz Alvaro Barretto, diretor comercial da Tedesco, sobre o sucesso das vendas. Para a empresa, a vantagem é vender um pacote maior de serviços, se comparado aos primeiros clientes, os escritórios de advocacia.
Made in Brazil
Para quem compra os programas da Tedesco, o que chama a atenção é a relação custo e benefício. "A escolha pelo software foi baseada na relação preço e qualidade", diz Antonio Claudio Tarre, diretor jurídico da BAT Itália. Ele afirma que o programa está sendo facilmente implementado, porque o sistema jurídico italiano é bastante parecido com o brasileiro. Mas a experiência anterior com o software também contou.
Tarre usou o mesmo processo de gestão quando trabalhava na Souza Cruz, ainda no Brasil, e o recomendou à BAT, que avalia sua instalação em todas as unidades da companhia ao redor do mundo. Essa é uma história que a Tedesco conhece bem.
Foi graças ao contrato com a AmBev no Brasil que a empresa virou exportadora e desenvolveu versões em 17 idiomas. "A AmBev nos apresentou ao pessoal da InBev. Os 32 países em que estamos hoje são aqueles nos quais a empresa está presente", diz Barretto.
Segundo o executivo, as diferentes legislações não são impedimento para a instalação do software de gestão. "Simplificando, fazemos o controle de entrada e saída dos processos, a análise dos pontos frágeis de contratos, ou seja, a gestão dos documentos e dos riscos, independentemente do sistema legal vigente", afirma.
Com isso, a empresa conseguiu avançar 52% ao ano até 2008. "Mesmo com a crise econômica atingindo vários países, em 2009, conseguimos crescer 23%", compara.
A meta para 2010 é elevar esse índice para 60%. Para isso, não descarta uma fusão ou aquisição, no modelo de troca de ações. "É um projeto embrionário ainda. Não temos nada acertado", diz. Até agora, a Tedesco usou apenas recursos próprios para bancar sua expansão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário