Segue a matéria do Braília Confidencial, com meus grifos usuais.
Interessantes os dados sobre gastos com publicidade pelo Governo Serra. Mais interessante ainda, é compará-los com os gastos do Governo Lula. Vamos lá.
Segundo a matéria abaixo, a administração direta do Estado de São Paulo gastou até agosto R$ 202.000.000,00 em publicidade, de um total de R$ 300.000.000,00 estimados para o ano todo. Já o Governo Lula, segundo o Blog do PSDB de MG, gastou, no mesmo período, R$ 452.800.000,00, de um total previsto de R$ 588.000.000,00.
Como o Governo Serra nega que o os gastos com publicidade correspondam a todo o orçamento da Secretaria de Comunicação, trabalhei com os gastos já realizados para os dois governos.
Uma rápida consulta ao site do IBGE e algumas contas simples revelam que o Estado de São Paulo ocupa 248.209 kilômetros quadrados do território brasileiro (ou 2,92% do total) e, conforme dados de 2007, tem 39.827.570 habitantes, ou 21,65% da população do país.
Agora, comparando os dados:
1 - apesar do Estado de São paulo ter 2,92% do território nacional e 21,65% da população do país, o gasto com pubblicidade do Serra representou 44,61% do gasto do Governo Federal;
2 - isso significa que o Serra gastou com publicidade R$ 5,07 por habitante, enquanto o governo federal gastou R$ 2,46 por habitante com o mesmo serviço; ou seja: o gasto com publicidade por habitante do Serra foi o dobro daquele do Governo Federal;
3 - comparando em termos de território, o Serra gastou com publicidade R$ 813 por kilômetro quadrado, frente a um gasto de apenas R$ 53 por kilômetro quadrado do governo federal; ou seja: por esse parâmetro, o Serra gastou 15 (QUINZE) vezes mais com publicidade que o Governo Lula.
Talvez isso não queira dizer nada, mas, sei lá, não me parece bem o que eu espero de quem diz primar pela eficiência. É essa a tão decantada gestão dos governos tucanos?
Serra quer cortar mais de R$ 50 milhões do programa de combate a enchentes
08/10/2009
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pretende tornar ainda mais escasso, no ano que vem, o volume de dinheiro a ser aplicado no combate às enchentes que, a cada ano, provocam morte, perdas materiais e sacrifícios especialmente às populações pobres das periferias da capital e de grandes cidades do interior. De acordo com o projeto de Orçamento que o governo encaminhou à Assembléia Legislativa, Serra quer reduzir de R$ 252 milhões, neste ano, para R$ 200 milhões, em 2010, as verbas destinadas ao programa de infraestrutura hídrica e combate a enchentes. Serão menos R$ 52 milhões, que correspondem a mais de 20% da dotação orçada para 2009 e quase ao dobro do valor dos atuais contratos para desassoreamento da calha do rio Tietê (R$ 27,2 milhões).
O governador Serra pretende investir menos em serviços e obras complementares da Bacia do Alto Tietê. O corte proposto é de nada menos do que 61%. Outro corte, de 64%, será aplicado nas verbas para os serviços de limpeza e conservação de canais e corpos dágua.
A proposta orçamentária prevê ainda reduzir em quase 18% os investimentos do Departamento de Águas e Energia Elétrica – de R$ 237 milhões deste ano para R$ 194,4 milhões em 2010. Também a dotação total do DAEE será reduzida em quase 4% – de R$ 578,5 milhões em 2009 para R$ 558,2 no ano que vem.
Essa tesourada que o Governo Serra planeja aplicar em serviços e obras não se repete, por exemplo, sobre as despesas com propaganda. O governador vem dobrando a cada ano as verbas de publicidade. Gastou R$ 202 milhões, de janeiro a agosto passados, e deverá chegar a R$ 300 milhões no fim de dezembro, para propaganda da administração direta. Ao mesmo tempo, as despesas das empresas estatais com publicidade aumentaram aproximadamente 700% neste ano, comparativamente a 2008.
Kassab repete parceiro
Como o governador Serra, seu principal parceiro no estado, o prefeito paulistano Gilberto Kassab (DEM), dedica especial carinho à propaganda. Na proposta orçamentária que a Câmara de Vereadores examina para 2010, Kassab prevê aumento de 239% nas despesas com publicidade – de R$ 31 milhões, originalmente previstos no orçamento de 2009, para R$ 105 milhões em 2010 – e redução de investimentos e gastos nas áreas sociais.
O projeto do prefeito não amplia investimentos em transporte público e ainda tornará esse serviço mais caro à população, em conseqüência de um corte de 31% nos subsídios das tarifas, que provocará aumento nos preços das passagens. A proposta orçamentária evidencia que Kassab não vai construir corredores de ônibus e que aplicará apenas R$ 10 milhões na expansão do metrô. Em 2008 ele prometeu investir R$ 1 bilhão no metrô, mas não foi além de R$ 275 milhões.
Além disso, Kassab continuará adiando obras aguardadas pela população e tirará recursos das 31 subprefeituras, que prestam serviço diretamente aos moradores de São Paulo.
Três hospitais novos, prometidos à população paulistana na campanha eleitoral de 2008, continuarão no papel. Os recursos orçamentários para cada uma dessas obras sofrerão corte de 83% – R$ de 30 milhões, no orçamento de 2009, para R$ 5 milhões em 2010.
O prefeito manterá praticamente nos mesmos padrões de 2009 os investimentos e/ou gastos em habitação, saneamento, urbanização de favelas, creches, assistência e desenvolvimento social.
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