Segue o artigo do The Independent, com alguns grifos meus e em mais uma terrível tradução minha, com alguma ajuda do Google.
O link para o original está no próprio título
A ascensão e a ascenção do Brasil: Mais rápido, mais forte, mais alto.
Organizar os Jogos Olímpicos 2016 seria a cereja no topo do bolo para a nação sul-americana que está finalmente cumprindo o seu potencial.
Hugh O'Shaughnessy Domingo, 27 de setembro, 2009
Deus pode não ser brasileiro, como alardeiam orgulhosamente muitos dos habitantes do Rio de Janeiro, mas o Todo-Poderoso parece estar barndindo sua nada desprezível influência a favor da Maravilhosa Cidade no oceano Atlântico Sul, enquanto ela se lança fortemente para a possibilidade derealizar os Jogos Olímpicos de 2016. Os seus três rivais - Tóquio, Madri e Chicago - parecem estar desaparecendo à medida que se enquiminham diretamente para o dia D, daquia a cinco dias. Em 2 de outubro, a cidade vitoriosa deve ser anunciada em Copenhague, assistido por um bilhão de telespectadores em todo o mundo.
Na terça-feira, em Brasília, os senadores se mexeram para aprovar a legislação necessária para garantir todo o que requer uma oferta bem sucedida - de financiamento aos regulamentos para brecar o sobrepreço para os quartos de hotéis. Na quarta-feira, o The New York Times pareceu desistir da Windy City, às margens frias do Lago Superior, prevendi que o presidente brasileiro, Luis Inácio da Silva, a quem todos chamam de Lula ( "A Lula"), teria a tarefa mais fácil do mundo para levar o prêmio pra casa. Lula, o ex-metalúrgico e líder sindical que anos atrás perdeu um dedo em uma prensa hidráulica, confessou que tinha a vantagem. Ele será acompanhado em Copenhague por sua esposa, Marisa, enquanto Michelle Obama vai estar lá sem o marido. "Então, vai ser dois para um,", destacou com alegria tranquila.
A votação do próximo mês pode ser um marco na jornada do Brasil para longe de ser o eterno país do futuro - e aquele para o qual o futuro nunca chega - para se tornar uma potência mundial indiscutível, com uma presença permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e com o dinheiro para alimentar, educar e cuidar de sua população de quase 200 milhões de habitantes.
Lula, que quando criança completava o orçamento de sua mãe vendendo amendoim em torno do porto de Santos, está revelando em sua nova eminência, a liberdade de culpar os "banqueiros de olhos azuis" pela atual crise financeira mundial e para impor respeito. O pânico dos banqueiros e o alarme dos meios de comunicação em Londres e em Wall Street nos últimos meses antes de sua primeira vitória eleitoral maciça em 2002 são coisas do passado. Hoje o Brasil é um dos chamados "BRIC", junto com Rússia, Índia e China, e admirado pelos banqueiros e economistas. E não só o presidente Obama chamá-lo o líder mais popular do mundo, mas, após um período em que a corrupção do governo parecia que poderia derrubá-lo, a taxa de aprovação de Lula pelos os eleitores é agora de cerca de 80%.
Não mais um caso perdido financeiro lutando com a hiperinflação, o Brasil está olhando para a frente do tsunami de riquezas que irá inundá-lo quando a Petrobras, a altamente bem-sucedida estatal de petróleo, alcançar toda a produção dos enormes novos campos de petróleo em águas profundas brasileiras. Lula está planejando usar o dinheiro novo para corrigir os abusos que resultaram do golpe militar de 1964 e dos anos subsequentes de selvagem repressão e tortura, que jogaram para baixo o seu padrão de vida e de milhões de outros brasileiros pobres. O Brasil também é um exportador maciço de alimentos - reconfortanso quando a fome espreita em muitos outros lugares.
As últimas semanas têm demonstrado que Lula está aproveitando a riqueza do futuro como a alavanca da influência internacional de hoje. O primeiro chefe de estado a falar no debate na Assembleia Geral da ONU na quarta-feira, ele entrou antes de o coronel Khadafi incomodar a todos com seu discurso de 90 minutos. Ele aproveitou a oportunidade para desancar as idéias das potências ocidentais durante a crise financeira. "O que foi ao chão foi o conceito social, político e econômico aceito como inquestionável", disse ele em nítida cutucada em políticos e banqueiros que se opõem à regulamentação governamental dos mercados. Os esforços de Lula ajudaram a esmagar o Grupo dos Oito países ricos, substituindo-o pelo Grupo dos 20, que inclui os países em desenvolvimento e que se reuniu em Pittsburgh, na quinta-feira para iniciar a reforma das finanças do mundo.
Na Assembleia-Geral, ele também exigiu o fim imediato do golpe de Estado em Honduras, onde a embaixada brasileira está abrigando Manuel Zelaya, o legítimo presidente, deposto em 28 de junho por um impostor com apoio militar. Lula está clamando por uma ação do Conselho de Segurança contra o cada vez mais bárbaro regime, ameaçando-o com toda a força do direito internacional, particularmente se ela continuar a privar os diplomatas brasileiros e seus convidados de energia, água e alimentos. A ação brasileira, apoiada de perto pelo governo venezuelano, deixou Washington mal, expondo o claro abismo na questão hondurenha entre Obama, que deseja uma ação decisiva para restaurar Zelaya, e as hesitações de Hillary Clinton, cuja ala direita de conselheiros têm outras idéias.
Lula é, também, um líder no novo bloco político da União de Nações Sul-Americanas. Unasul está resistindo à militarização da América do Sul, que muitos acham que se seguirá se a Colômbia, um aliado próximo de os E.U.A, permitir que o Pentágono crie sete novas bases na sua terra. Isso permitiria aos EUA o envio de aviões a qualquer parte do continente, exceto a Patagônia. Como precaução, Lula está comprando armas na França e na Rússia.
Em seus esforços para acelerar a unidade da América Latina, Lula tem tomado riscos políticos em casa, ousando desafiar as poderosas empresas de electricidade. A fim de cimentar as relações com seu vizinho pobre, o Paraguai, ele prometeu um novo acordo sobre a gigantesca hidrelétrica de Itaipu, cuja potência supostamente seria compartilhada por ambos os países, mas quem, na verdade, vai esmagadora para o Brasil.
No entanto, se o Rio ganhar nesta sexta-feira, Lula vai se voltar para a tarefa de dar esperança aos despossuídos da cidade - e garantir que os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul se passem de forma pacífica.
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